Para se criar um 3D de qualidade para um lançamento imobiliário deve-se considerar diversos fatores contextuais e técnicos. Entendendo isso pode-se chegar a uma matéria prima visual de qualidade para esse produto específico. Abaixo listei 3 desses fatores:
1) Para quem o produto imobiliário é direcionado:
É muito importante conhecer o avatar que comprará esse empreendimento, quais são seus sonhos, desejos, medos, objeções, além de informações demográficas.
Se o público é Classe A ou B, ele possuí uma vida estabilizada e os motivos pelos quais ele pretende comprar o produto geralmente são status e poder, dessa forma, a linguagem das imagens deve se comunicar diretamente com eles, são imagens mais luxuosas, com espaços que utilizam conceitos mais atuais de arquitetura.
Já para o público classe D, em que os empreendimentos possuem custo controlado e são mais econômicos, geralmente os motivos que levam a aquisição desse tipo de projeto é a ideia de pertencimento. Diante disso, as imagens deve transmitir e reforçar essa sensação.

2) O conjunto visual deve contar uma história:
E como contar uma história com imagens?
A principal forma de contar uma história com as imagens é fazer com que todas se tornam parte de um conjunto único. Mas claro, que dentro de cada imagem deve-se contar algo, associado a utilidade daquele espaço dentro do empreendimento como um todo.
Por exemplo, a imagem da fachada pode ser desenvolvida de algumas maneiras:
Imagens em que o espectador está mais baixo e observando um ponto forte do projeto, muitas vezes em uma esquina. Esse tipo de imagem demonstra uma grande força para o empreendimento se esse for o objetivo.
Já imagens do empreendimento em que são inserção 3D em filmagem feita por drone, em que mostra a cidade, muitas vezes tem um objetivo informativo para o espectador entender melhor onde está inserido o projeto em que ele pretende comprar.
Para recepção e entradas, muitas vezes o objetivo é ser um "bem-vindo", dessa forma, o conteúdo visual deve reforçar essa ideia, utilizando tons e luzes que são mais aconchegantes por exemplo
Para outros espaços tem-se outras estratégias, no futuro faço um artigo em que o foco seja apenas isso.
3) A imagem deve ser real e transmitir emoções:
Não adianta pensar em tudo isso e no final toda parte visual se parecer com um desenho, um protótipo apenas, dessa forma o cliente não terá a percepção de já estar no local, de como vai realmente ficar o projeto. Mas também, em contra-ponto a isso, não resolve nada ser uma imagem super real se não transmitir junto uma emoção e sensação correta para o publico correto.

Por hoje é isso!
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